“A vossa palavra seja
sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada
um.” Colossenses 4.6. É bem certo que há muita sabedoria neste princípio,
pois cada pessoa, por ser única, reagirá de forma diferenciada.
Esse fato leva
a refletir sobre o processo de comunicação tanto nas famílias como nas
organizações. São muitos reais investidos em treinamentos para melhorar o
processo de comunicação nas empresas, entretanto, pouco se investe quando se
trata de aprimorar a comunicação na família.
Segundo Richard Hall (2004) o processo de comunicação é, por
definição, de natureza relacional; uma parte é o emissor; a outra, o receptor,
em uma situação específica. As relações sociais que ocorrem no processo de
comunicação evoluem o transmissor e o receptor e seus efeitos recíprocos para
cada um, à medida que se comunicam.
A intimidação, o modelos de percepção
diferentes, questão de gênero, nível econômico, relação de poder, etc., são
alguns dos muitos fatores que podem conduzir a distorções no processo de
comunicação, ou seja, no que está sendo transmitido e recebido.
Outros fatores relacionados à percepção que podem conduzir
distorções no processo de comunicação:
1.
A estereotipia – predisposição para julgar antes
de estabelecer interação, nesse processo, supõe-se que as pessoas possuam as
mesmas características do grupo ao qual pertencem. Essa seria uma forma de
impor características do grupo as pessoas;
2.
O efeito halo – adoção de um ou poucos aspectos,
a fim de generalizar uma situação total, podemos chamar também como o efeito da
primeira impressão;
3.
A projeção – acreditar que os outros têm
características idênticas às suas;
4.
A defesa perceptiva – alteração de informações
incoerentes, para alinhá-la à estrutura conceitual.
Zalkind e Costello (1962) realizam pesquisa a respeito da
pessoa que percebe a realidade, chegando à seguinte conclusão:
1.
Conhecer-se torna mais fácil observar os outros
de modo preciso.
2.
As características de uma pessoa, afetam as
características que ela tem possibilidade de ver nas demais.
3.
A pessoa que aceita a si própria tem maior
probabilidade de enxergar aspectos favoráveis em outras pessoas.
4.
A precisão no entendimento das pessoas não é uma
aptidão isolada.
Observando as conclusões da pesquisa, é possível perceber
que também podem ser perfeitamente aplicadas à realidade familiar. Cada membro
da família deve investir no autoconhecimento, reconhecer que suas
características pessoais interferem na forma como percebem as pessoas, aceitar-se ajuda a vê o que há de positivo nos outros e que
é preciso desenvolver varias habilidades para prosseguir na melhoria da
comunicação que sem duvida alguma é um processo social e tem seu inicio na família.
Alguns problemas na comunicação são decorrentes da:
1.
Omissão – eliminação de aspectos da comunicação,
em virtude da incapacidade de compreender o todo da mensagem.
2.
Distorções – refere-se aos significados
alterados das mensagens a medida que passam pelos receptores e transmissores.
3.
Sobrecarga – ocorre quando o volume é tão
intenso que impossibilita o processamento, a compreensão.
Algumas recomendações para uma boa comunicação:
1.
A melhor palavra é aquela que gera o efeito para
o qual ela se destina e para isso deve ser dita no momento certo e na maneira
certa.
2.
Lembre que o outro é o destino da nossa
comunicação e por isso é quem melhor pode avaliar se está clara ou não a
mensagem enviada.
3.
Fale somente o que edifica
4.
Seja a tua palavra sim, sim, não, não
Portanto
fica a recomendação mais importante:
“Ainda
que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o
bronze que soa ou como o címbalo que retine... se não tiver amor nada serei... se
não tiver amor nada disso me aproveitará.” 1 Corintios 13-1-3
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